sábado, 6 de setembro de 2008

Mais do mesmo

Na edição de domingo (07/09), mais uma vez as pesquisas sobre a disputa à prefeitura de Florianópolis e outras grandes cidades catarinense ganharam destaque. De novo: números, simulações de segundo turno, índices de rejeição, em quem você não votaria, dois pontos percentuais para mais ou para menos. A se somar às pesquisas, algumas notas sobre ataques entre candidatos e agenda do corpo-a-corpo do final de semana.Enfim, mais do mesmo.

Não que a escolha de um prefeito e vereadores não seja importante. Mas, todo ano a cobertura da grande mídia traz as mesmas matérias. E, como estamos tratando de política, os atores também são os mesmos, ou quase. Ao invés de repetir as mesmas pautas e as mesmas matérias, que tal se os jornais, emissoras, os tão falados e modernos blogs ou as rádios contribuíssem, de alguma forma, para nos tornarmos seres mais politizados. Não, eles preferem repetir o mesmo discurso das urnas eletrônicas e a festa da democracia. Acredito que ser político é reclamar seus direitos de consumidor; comparecer às reuniões de pais e mestres da escola de seu filho; investir em sua própria comunidade; compreender, e não apenas, ler bons livros; cobrar de seus professores e sentir-se à vontade para contestá-los em aula...

Enfim, essas são algumas idéias do que a gente poderia, pelo menos de vez em quando, encontrar na nossa grande mídia. Como já disse o ativista estadunidense dos direitos negros, Malcolm X, em seu discurso chamado "The ballot or the bullet": "Não adianta votar em pessoas que não fazem parte e não vão representar a nossa comunidade. Nós temos que amadurecer politicamente, nos tornarmos políticos. Se não, ainda vamos ver se esse ano vai ser o do voto (ballot) ou da bala (bullet). Malcolm X acabou assassinado em 21 de fevereiro de 1965, por tomar atitudes coerentes com seu discurso e que propunham uma mudança à triste realidade vivida pelos negros dos Estados Unidos daquela época. A realidade não mudou muito de lá pra cá.



Fica a reflexão para podermos fazer alguma coisa, pelo menos, um pouco melhor e diferente do que lemos, ouvimos e, principalmente, vemos.

1 comentários:

Anônimo disse...

Esse teu pseudo artigo é um lixo. Sem nenhum tipo de informação relevante para o público. Nem parece que o cara estudioso que fez um excelente trabalho sobre a ditadura na época da 1ª guerra, ali no segundo governo do Vargas.